A ruiva é uma espécie em vias de extinção. São tão raras e tão poucas que, quando passa uma na rua, todos olham, e quando se conhece uma ruiva, não se fala de outra coisa. Depois da bela da loira (aquela espécie que tem toda a fama, embora só uma reduzida parte deve ter o proveito), deve ser a espécie feminina que mais olhares sequiosos conquista. E se fossem mais, perderiam a graça.
Não sei o que é que a cor do cabelo faz às pessoas, mas neste caso é também a cor da pele. São muito branquinhas, invariavelmente com sardas. Será que a razão da sua fogosidade está na cor do cabelo e na cor da pele? Isso justifica porque é que há tanta gente a pintar o cabelo de vermelho (que, entenda-se, não é ruivo). As aspirantes a ruivas são muitas. Mas nenhuma aspirante perde a cabeça quando lhe chamam “cenourinha” ou “laranjinha”. Porque, parece-me, que esta é a principal razão pela qual uma ruiva é fogosa. Tem de aprender desde cedo a defender-se contra as línguas maliciosas que teimam em apelidá-las de fruta ou vegetal. Não deve ser fácil.
A genética é caprichosa nestes aspectos. Ainda que atraente e de pele invejável, a ruiva é a espécie menos abundante neste mundo de mulheres cada vez mais insatisfeitas.
Esta é uma caixa aberta aos sonhos sonhados todos os dias, escancarada à vida, feita de amores e desamores, alegrias e tristezas, sem lugar para a ideia de fim. Aqui tudo é começo e verbo.
sexta-feira, setembro 16, 2005
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1 comentário:
Fazendo uma comparação um pouco forçada, depois de ler a "Crónica da Ruiva" fica-se com a sensação de que as " cenourinhas" são como os diamantes. Preciosidades pela raridade.
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